Covilhã, ao centro complexo da UBI, ao fundo Serra da Estrela |
Por Sônia Pugas - jornalista, mestranda em Novas Estratégias de Comunicação - Relações Públicas e Marketing pela UBI, Portugal
Cá
estou em Covilhã, uma pequena cidade
portuguesa localizada cerca de quatro
horas ao norte, de Lisboa. Por uma série de conveniências vim fazer meu Mestrado
por essas bandas. O custo de vida aqui é acessível, e na área jornalística a Universidade UBI é a segunda melhor de Portugal.
Covilhã
é a porta de entrada da Serra da
Estrela – dizem ser o ponto mais alto das terras portuguesas, e um dos poucos
lugares onde sente-se verdadeiramente a magia da neve no Inverno. Vou dividir a cidade em duas partes – alta e baixa. A alta
é extremamente íngrime: ladeiras, subidas, morros, escadas, elevadores
panorâmicos. Quem não gosta de andar a
pé, já prepare o bolso para comprar um
carro. Super baratinho - até por R$ 3
mil reais acha um bom em bem conservado. Há ônibus públicos também, pontuais, porém
demoram até uma hora para passar. Eles
são mimosos, parecem aqueles carrinhos que vendem sorvete inglês!
Ruas de Covilhã, a Primavera já aparece maravilhosamente! |
As ruas são
bem sinalizadas. Chegar à Faculdade de
Artes e Letras é sempre um tormento. Se for a pé, uma super subida. Portanto, garrafinha de água é essencial,
fones de ouvido também para “diminuir” o percurso. Covilhã é
uma cidade lindíssima, segura, limpa, ruas arborizadas e
uma sensação de poder público presente. O custo de vida cabe no bolso de todo mundo,
acho. Tudo é muito barato! A comida dos
restaurantes é super apetitosa e variada. Cafés com internet estão espalhados por todos
os cantos. A cerveja é gelada e
baratinha e os vinhos, ótimo!
Tenha sempre
uma câmera fotográfica em mãos, porque passará por lugares belos e
interessantes. Quase todo dia eu tiro foto de uma roseira – não é um pé normal,
e sim uma árvore imensa com rosas. Fica na rua da Faculdade! Há ainda ruínas em
toda a cidade. Não sei se patrimônio
público ou particular, mas é lindo de se ver!
FAL - Jardim de acesso à cantina da Engenharia, UBI |
Tenho dificuldades imensas em fazer amizades por aqui, não me adapto à cultura portuguesa, problema meu, claro. Os colegas da faculdade são legais, uns prestativos, outros alheios. Os professores da UBI são maravilhosos e sabem ensinar - por esse ângulo vale muito o sacrifício em morar aqui. Há poucos lugares para diversão, digo, baladas, e o cigarrro é permitido em pelo menos 99% deles. Mesmo sendo uma baladeira assumida, a nicotina vence a minha vontade em cair na pista,rs.
ruínas: melancolia e nostalgia |
Todos os
sábados as senhoras se encontram no
ponto de ônibus em direção ao mercado central. Já presenciei a cena várias vezes. Acho tão bonitinho! Cada uma mais arrumada e
maquiada que a outra. Fuxicam que é uma
beleza! Parecem conhecer todo, inclusive na intimidade, rs, típico de
cidades pequenas.
Elevador panorâmico, quase 200 degraus |
Já passei
muita raiva aqui, normal quando não
estamos em nosso habitat
natural, e por mais que nos esforcemos,
entender a dinâmica de um lugar alheio é complicadérrimo. Aqui então, é complicado e meio. O sistema de
saúde é bom e rápido. Esses dias fui atendida por uam enfermeira. Ela me chamou
de gorda e disse para eu fazer exercício, pois o meu problema era sedentarismo
e comida imprópria. Você aguenta? Olá
dona Regina, essa é para nossa coleção
de pérolas!
Fora pequenos desapontamentos, não só Covilhã, mas Portugal é um País com
paisagens lindíssimas! Para quem gosta
da cultura portuguesa há muito o que fazer e visitar. Não posso falar nada de
cultura daqui, pois sou leiga no assunto...É isso, boa leitura, e caso queiram saber mais de Covilhã, mandem perguntas para soniapugas@hotmail.com
Caraca, essa é a escadinha que você tem que subir? Jisuis! Fotos e texto lindos. Parabéns. Beijo
ResponderExcluirFantástico seu mapa, amei!!!
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