domingo, 20 de março de 2011

E por que não ficar de cara p´riba?
Eu,  numa caminhada sem pressa pelo Colwick Parque, Nottingham

Sinto dificuldade em escrever colocando-me sempre no centro da narrativa. Temo passar um ar de boçalidade ou a impressão de que sou a bala que matou Kennedy. Mas como é no blog que falo de mim, não tenho como fugir da trivialidade do eu, me and myself! Ego puro e com fotos!

Estou agora no meu lugar favorito da casa - no quarto, com o laptop nas pernas. Há pouco lembrei de uma expressão da minha mãe bringando comigo porque eu estava na casa alheia de “cara p´ riba”. Ontem fiz isso, não na casa dos outros, mas em um parque maravilhoso nos arredores da minha residência – uns 2km ladeirinha acima. Meus irmãos dizem que minha profissão deveria ser a de Med-esquina! Sentiu, né?

Como os meteorologistas já nos incentivam a guardar as roupas de inverno e ir para os lugares próprios apreciar a nova estação,   resolvi sair da toca.

Bancos ao longo do Parque - in memorian a alguém
O Colwick Parque é um lugar muito bacana!!! Não sei porque sempre dou umas “viajadas” boas quando ando por entre sua “floresta”. Adoro em especial ver uns banquinhos no meio do caminho, na maioria das vezes um in memorian dedicado a algum indivíduo que por ali sentou, pensou, sofreu, riu, amou e que agora se foi para sempre não podendo mais apreciar o balançar suave das águas do lago; a competição dos gansos brigando por um pedacinho de pão que os turistas lhes dão em troca de uma foto.  Essa pessoa foi, mas ela, ao modo dela deixou ali algo registrado na história do Colwick. 

Ontem distanciei um pouco do marido e segui pelo entorno do lago no melhor estilo de cara p´ riba”, no meu tempo, sem pressa. Apreciando e refletindo. Pensei o quanto gostaria de sentir no Brasil a sensação de paz e segurança que tinha ali. O quanto nada e ninguém despertam em mim suspeita de que serei assaltada ou assassinada.

Então é Primavera...trago essas rosa para lhe dar, meu amor
Fui andando calmamente e percebi que umas árvores estavam completamente peladas, mãos erguidas para o céu com um grito de socorro escancarado pedindo para se livrar do frio. Umas mais atrevidas já desabrochavam-se, flores pequeninhas, brancas,  tímidas, porém lindas.

Á água limpida do lago me remeteu a Porto Nacional antes do tal progresso que levou o meu belo Rio Tocantins. Quase pus meu pezinho lá, mas já sabendo como é o frio, resisti. Pensei na frase “pra inglês ver”. Exatamente assim que funciona, tudo muito lindo mas intocável para uma pobre latina friorenta e que ama um calor oscilando nos 45 graus!


Peixe ou pura distração? Fico com a segunda opção
A extensão do Colwick é grande, acho que uns 6km. Tudo para mim foi saudades. Ao ver uns pescadores ali pela pura excitação,  pois tenho certeza que não pegariam nada, lembrei dos meus sobrinhos Ricardo e Danillo que amam pescaria e como seria bom se eles estivessem lá sendo parte da paisagem....

Após umas boas viajadas na mionese paramos num pub lindo para tomar uma cervejinha e viajar mais, agora em companhia dos pensamentos do marido. Um idealista cada vez mais idealista....

Nostalgia saudável...os gansos agradecem!
 A Kylie, uma amiga maravilhosa, apareceu depois para nos acompanhar num outro bar, agora vegetariano. Ontem foi o dia, visse? Até minha cerveja foi orgânica. Um dia excelente, passeio agradável e sem agenda programada. Assim, bem de cara p riba mesmo, ficamos umas 14 horas fora de casa, fazendo o que sempre acho certo: curtindo a minha vida ao lado dos que gosto. Porque como sempre digo, a vida deve ser obrigatoriamente bem vivida!

Um dia de muita luz a todos!

P.S – morro em Nottingham, centro da Inglaterra, cidade do Robin Wood!







Um comentário:

  1. oiee soninha...lindo o seu blog, a leveza com que trata os assuntos, as fotos? lindas!
    No seu P.S há dois r´s equivocadamente ou é um desejo seu?

    Bjocas Karlany

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